segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Mineradores buscam selo de procedência para a 'Pedra São Tomé'



Objetivo é aumentar as exportações e reduzir os impactos ambientais. Extração de quartzito representa 75% da economia de São Tomé das Letras.

Mineradores de São Tomé das Letras (MG) estudam a criação de um selo de procedência para as pedras extraídas no município. Além de identificar a origem do quartzito, o selo pode aumentar as exportações e reduzir os impactos ambientais. Ao todo, 200 mil toneladas de pedras são extraídas todos os anos na cidade.

A pedra São Tomé faz parte da arquitetura da cidade. A igreja matriz é uma das primeiras construções em pedra. A exploração começou em meados do século passado e ganhou força a partir de 1970. Hoje, a extração de quartzito representa 75% da economia do município.

Além de São Tomé das Letras, na região também há exploração de quartzito em Guapé, Alpinópolis, Luminárias e Conceição do Rio Verde. Todos esses municípios comercializam o produto como pedra São Tomé, o que é um problema para a Associação dos Mineradores de São Tomé das Letras, já que a entidade busca um selo de procedência. O primeiro passo é delimitar a área geográfica e depois comprovar diferença da qualidade do quartzito explorado em São Tomé das Letras com o de outros municípios.

Segundo o presidente da associação, Cristiano Vilas Boas, a pedra extraída no município possui caracteristicas próprias. “Os estudiosos da Unifal já estão fazendo estudos culturais e históricos sobre a morfologia da pedra de São Tomé das Letras para comprovar que realmente ela tem qualidade maior”, explica.

Com a certificação, o nome “São Tomé” só poderá ser usado nas pedras extraídas na área delimitada pela associação e também aquelas que tiverem as mesmas características do quartzito de São Tomé das Letras.

Para a bióloga Simone Silva Arcanjo, a certificação pode reduzir os impactos ambientais. “Quanto mais os ramos tiverem certificação, melhor para o meo ambiente. É possível fazer a extração sem comprometer as gerações futuras”, afirma.

Ainda não há uma data para os pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) fazerem a análise das pedras.

Fonte G1

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